Thelonious Monk como banda sonora daquele mês o tal onde se refez a história dos idos e tidos em tendenciosas contradições maledicentes de coração ao largo. Dias seguidos a noites de rituais em rotinas esquecidas de olvidares da demora ausente de cadências ténues amores contidos automatismos de abre fecha metros apinhados carruagens de faces sem expressão sorrisos metafóricos congéneres a desfalecerem cansaços.
Foram dias um mês meses seguidos a contrapasso contrapondo passos hesitantes como se flutuassem alvíssaras perdidas na cadência do bater dos segundos em tic tacs estrondosos ecoam.
A cada telefonema a expectativa
espera vou no fim de semana sim
espera afinal não vou pediram-me para ficar mais esta semana.
Estás bem?
Vou na sexta sim a próxima ter contigo ao Porto na estação às sete talvez fique de vez tenho saudades tuas queres que fique? Estive a ver casas no Porto para alugar sim vou fico se quiseres. A Pilar? Tenho de ver escolas já ando a ver é uma questão de me organizar sim ela habitua-se ficamos os três íamos ao fim de semana lá acima não eu quero vou ter de ir temos de deixar de falar a estas horas sabes bem que acordo cedo acordo daqui a duas horas não durmo estou cansado
amo…não posso continuar assim sim estas horas esses teus horários
saudades tuas
estou cansado até amanha
mas onde estás agora?
porquê?
faz-me falta saber alguma referência de ti como se isso me bastasse minimizasse esta distância insuportável dos dias.
não conheces. Adeus. Gosti.
e o silêncio.
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